Perguntei ao tempo

Tempo onde estás? 

Aqui ou acolá?

]suplico que ao passar por mim, leva essa nostalgia que vivenciou. Me sinto trêmula de tanto ruminar…Se passas, porque não passam os meus suspiros?.

Em pensamento te concedo que;transpasse meu ser, e, ao tomar minha alma, mente, conecta-se com ele, não me agrada ser gaiola de almas.

Tu me prendes ou eu prendo a ti?

Onde a saudade habita que não a alcanças? 

Em que tempo vive?

E onde tu te ocultas, tão poderoso tempo, sinto que me observas com dois grandes luzeiros…és adorno de minha alma.

Qual a chave das portas do meu tempo, que esse tempo de mim não possui?

Que portas devo eu escancarar para que entres e, ao retirar-te leve contigo o que em mim é estafante.

Teu braço é firme, tudo suporta, teu movimento transverte. 

Tempo, faz as pazes comigo, te peço!

A saudade tem nome, chamo de ‘ele’.

Ele está sentado dentro de mim, olhando-me fixamente nos olhos…e eu, retorno o olhar. 

Tu tempo, estas por trás dele, vejo a ti, a mim e  a ele como uma conexão.

O cósmico não nos separa, ainda assim, quando me observas, me sinto em um tempo, quando a ti observo, percebo que em outro tempo estou.

Mirar-te é dificultoso se não me consentes de ti arrancar respostas. 

Atados e separados, eu não sei te olhar! Peço, ensina-me a ti sentir sem amarguras.

Meu corpo sente a tua presença tão forte, tuas mão me tomam…e dentro dos teus braços eu respiro profundamente, buscando em teu tempo o descansar.


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