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Eu sou grata por tudo o que de mim saiu,  Por tudo o que a mim veio, Por tudo o que por mim foi criado, Por tudo o que por mim e para mim foi refeito... Mas, é claro que no relógio da vida as horas são as mesma mas, em tempo diferentes, se é que você me entende. E de tempos em tempos a lente da vida ganha outra forma, a visão a nossa frente se expande e uma força maior te chama...È nesse momento que você decide se dará mais uma passo... O horizonte é desconhecido 
  Perguntei ao tempo Tempo onde estás?  Aqui ou acolá? ]suplico que ao passar por mim, leva essa nostalgia que vivenciou. Me sinto trêmula de tanto ruminar…Se passas, porque não passam os meus suspiros?. Em pensamento te concedo que;transpasse meu ser, e, ao tomar minha alma, mente, conecta-se com ele, não me agrada ser gaiola de almas. Tu me prendes ou eu prendo a ti? Onde a saudade habita que não a alcanças?  Em que tempo vive? E onde tu te ocultas, tão poderoso tempo, sinto que me observas com dois grandes luzeiros…és adorno de minha alma. Qual a chave das portas do meu tempo, que esse tempo de mim não possui? Que portas devo eu escancarar para que entres e, ao retirar-te leve contigo o que em mim é estafante. Teu braço é firme, tudo suporta, teu movimento transverte.  Tempo, faz as pazes comigo, te peço! A saudade tem nome, chamo de ‘ele’. Ele está sentado dentro de mim, olhando-me fixamente nos olhos…e eu, retorno o olhar.  Tu tempo, estas por trás dele, vejo a ti, a mim e  a ele
  O vento De onde ele surge?  Para onde desloca-se? Em companhia de quem? Ao entardecer, eu estava com o humor jubiloso, desfrutando de mim mesma…nessa hora, o vento uivou vigorosamente, detive todos os meus sentidos para ouvi-lo.  Eu já estava pronta para escrever quando ele alcançou-me. Ele não vem do Sul ou do Norte, contudo, ao fitar o olhar, vi que vestia-se  de  medo. Meus olhos esbugalharam…  Quem sabe, ele só careça ser ouvido. Não quis confrontá-lo, detive a agonia que me tomava…quero aprender a sua linguagem! No meu íntimo, questionei: O que queres? Qual o sermão agora? Todos dizem que ele não é afável, todas as pessoas sentem pavor em sua presença. Só quero uma trégua! As mãos suando, um nó espremia-me a garganta, o coração meio atordoado correndo para vários lados, agitado!  Ele me trouxe a gravura de uma árvore a mente. Já observei as árvores, seus galhos balanceiam quando o vento lhe bafeja, seja suave ou seja áspero, ele parece ter mãos… chega de improviso e, arranca com
  Sem palavras Ela olhava pela janela, não  havia uma vista fantástica que lhe fizesse suspirar, chorar ou sorrir. Era uma casa escura, sombria sem nenhum móvel luxuoso, tapetes ou um belo jardim para lhe inspirar a sonhar. Era apenas uma janela de cor azul, aberta, voltada para a rua de uma favela onde morava com sua Mãe, Pai e três irmãos.  Menina, por que range os dentes?  Essa é a pergunta que hoje se faz após lembrar dessa cena tão envolvida em sentimentos e mistérios.   A resposta vem em um breve silêncio e, observação no sentir, agora olhando por outra janela, a da maturidade e do tempo. Aquele ranger dentes expressava o medo e a  angústia de presenciar tantas brigas envolvendo Pai  e Mãe. Menina tomada pelo desejo de ajudar sua Mãe que claramente sofria com a vida que vivia. Sem ter muito o que comer, ela caçava como uma Leoa e sempre voltava para casa com algo que pudesse alimentar seus filhos. A menina tinha um tratamento especial, com mais carinho e atenção. Só por ser menin

Apego

  Apego Eu deitei no chão do jardim e olhei para o céu. Os finais de tarde sempre me tomam!  Me traz uma sensação de silêncio, é como se a natureza humana silenciasse nessa hora do dia! É como se eu fosse banhada por paz e terror. Dá para ouvir as vozes dentro de mim que falam sem parar. Elas dizem muitas coisas, me questionam, me arrancam do externo. Não ouvir essas vozes é como estar adormecido. Elas despertam todas as sensações possíveis de sentir.  Me sinto em um penhasco, de frente para  uma magnífica montanha, o vento e seu canto, as cores ao redor se misturam com o verde da paisagem, os olhos passeando por todos os lados, sedentos por admirar ou talvez, encontrar algo oculto.  Na beira de um  penhasco todos sentem medo, frio, tremor, tonturas, admiração, adoração. Eis como me sinto ouvindo essas vozes que o silêncio me traz. Me sinto apegada a alguém, e, pretendo aqui explorar esse medo que sinto, ouvir essas vozes e sentir o pavor da sensação de perda. Eu me permito. Ser sincer